sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Ou se ama o todo ou se ama nada"

Como essa frase me marcou hoje. Encontrei-a no site http://www.comunidadecaju.com.br/,  no perfil do Pe. Idamor (http://evangelium-vitae.blogspot.com/). Então, passei o dia refletindo sobre ela e cheguei à conclusão mais óbvia que poderia chegar: é verdade! Não se ama pela metade.

Se dizemos que amamos algo ou alguém, porém colocamos uma "vírgula + uma conjunção adversativa" para completarmos a frase é porque não amamos verdadeiramente. Só será amor, em sua plenitude, se dissermos que amamos e, logo em seguida, colocarmos um ponto final. Não importa os "mas" ou "poréns", amar é aceitar algo ou alguém em sua integralidade, com acertos e erros, com virtudes e vícios. 

O maior exemplo de amor não pode ser outro, para nós Cristão, a não ser Jesus. Ele nos amou e nos ama plenamente, no nosso todo, com os nossos pecados, com as nossas fraquezas e com aquilo que temos de bom também. 
Percebo que, nos dias de hoje, o problema da humanidade é não saber amar. Diz-se que ama, mas, tão logo se encontre com alguma dificuldade, ao perceber que os erros existem,  o "barco" é abandonado; fugir se torna mais fácil do que lutar por aquilo ou aquele a quem diz que ama ou amou. Somos pessoas imaturas no amor. Assim, como não se ama pela metade, também não se pode dizer que amor acabou: ou o amor existe, ou nunca existiu. A gente não perde aquilo que nunca teve. 

Me incluo no meio daqueles que um dia não soube amar: tantas vezes quis fugir nas dificuldade, só quis estar presente nos bons momentos, só amei quando enxergava acertos, mas tive raiva, ódio e rancor, quando via os erros. Me distancie do modelo de amor, e quis ser dona da "minha" verdade. Hoje, sei que o amor maduro e verdadeiro ama o todo e por isso de mim será cobrado com maior intensidade amar mesmo quando eu não queira. Por isso, rezo para que Deus transforme meu coração a cada dia e faça dele mais parecido com o Sagrado Coração de Jesus.

Por fim, quero deixar registrado o velho clichê no qual acredito cegamente: amar é decisão! O amor-sentimento é poético e às vezes até se confunde com o amor-vontade, mas se nós não tivermos clareza que o amar depende da nossa vontade de dia-a-dia estar e aceitar o que/a quem se ama, o vento virá e derrubará qualquer sentimento que se tenha dentro do peito. O amor existe pela razão e não pelo coração.


"Caminhai no Amor, a exemplo de Cristo,
que nos amou e Se entregou por nós."
Ef. 5,2