segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cartão de Natal

Todos sabem, ou pelo menos a maioria, que faço parte de uma comunidade católica chamada Casa da Juventude, carinhosamente apelidada de CAJU. A cada dia que passa o meu amor por essa comunidade, pelo seu fundador (Pe Raul), pelos meus irmãos de Belém, de São Paulo, de todos os cantos do mundo, aumenta. Sou grata à Deus por ter me chamado a servir na sua Igreja através dessa obra linda. Sou grata a todos aqueles que me apresentaram à minha vocação, que não desitiram de mim, que foram meus impulsonadores no descobrimento de quem sou, de onde venho, para onde quero ir.

O vídeo abaixo é um cartão de Natal enviado à Comunidade em Belém, mas quero partilha-lho com todos os meus amigos, familiares e leitores do Blog. É um vídeo desafiador, que nos clama a ser diferentemente ousados.

Desejo a todos, desde já, um Feliz Natal, com a alegria da certeza de que Deus veio ao mundo para nos salvar e, em razão disso, desejo um 2011 santo, ousado e FELIZ!

Um beijo meus queridos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vida, chuva e mar

 

   Como é bom acordar e sentir-se vivo. Perceber que o sol nasceu de novo, apesar de se esconder por entre as nuvens de chuva. Constatar como a natureza é sábia, analisando, simplesmente, o ciclo da chuva: da evaporação da água dos oceanos, as partículas de águas se juntam, formando a nuvem, que algum dia se precipitam e caem em forma de chuva, de volta novamente ao mar. Somos essa gota de água, que saiu de Deus (o nosso Mar) e para Ele retornaremos. Mas, antes disso, temos que completar o nosso ciclo, cumprir bem o nosso papel. E assim como as partículas de água,  não conseguiremos nos tornar chuva e voltarmos ao Mar, se não nos unirmos. Sim, precisamos um do outro para voltarmos ao Oceano que é Deus. Não há salvação na solidão. De que adianta uma fé solitária? Precisamos do outro para  exercitar o amor, o perdão, a caridade, e outros dons concedidos por Deus.

Imagino que para as partículas de água não deve ser fácil se unir à outras para formar as nuvens. Isso porque, para isso acontecer, elas têm que passar pelo processo da condensação (mudança de matéria - de vapor para líquido). A mudança exige renúncia, sacrifício, desprendimento. Para se aproximar do outro é necessário que muitas vezes mudemos de "matéria" para que a relação (de amizade, amorosa, comunitária) seja frutífera e consigamos formar nuvens. Por isso é necessário não perder o foco e descobrir o verdadeiro Sentido da união.

   Formada a nuvem, agora já unidas por uma meta comum, as gotas ainda têm que enfrentar os ventos, que as podem dispersar, que as podem levar para longe do Oceano. Somos assim também, unidos por uma meta comum (o céu), podemos encontrar ventos que nos separem, e que nos levem para longe do nosso Mar. Nesse momento, é preciso coragem para enfrentar os risco, talvez seja preciso agregar mais "gotas", ou talvez seja preciso deixar ir as que não estão ajudando. Haverá dias, porém, em que o vento não perturbará e o sol poderá refletir um lindo Arco-íris a partir das águas condensadas, serão dias de grande beleza e alegria.

   Mas no fim de tudo, a nuvem se precipitará, a chuva virá e as gotas voltarão para o Mar, não como uma gota qualquer, mas como uma gota que fez diferença no céu, que ajudou a construir nuvens de várias formas, alegrando o imaginários da pessoas, dando esperanças, arrancando sorrisos, formando paisagens; e assim, voltando para o Mar inundar-se-á na imensidão de Sua beleza. Viver é isso: filosofar e descobrir simplicidade no que é complexo, e desfrutar a beleza do simples. Talvez a vida seja como o ciclo da chuva somente.